quarta-feira, 28 de março de 2012

Sal: Reduza o Consumo



Diminuir o consumo de sal pode ser meio difícil no começo. “O melhor é uma redução gradual para adaptar o paladar”, ensina o otorrinolaringologista Reginaldo Fujita, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. A nutricionista Carla Enes, da USP, conta que, nas primeiras garfadas menos salgadas, a comida talvez pareça um pouco sem graça, porque as papilas gustativas precisam de um tempo para se ajustar à menor quantidade de sódio.

“É preciso ter paciência, porque essa adaptação pode levar até três meses”, diz Carla. O ideal seria comer o mínimo do tempero desde a primeira papinha. Um estudo realizado na Unifesp mostra que mesmo os bebês andam comendo sal demais. Para o trabalho, foram analisadas 60 amostras de refeições infantis preparadas em casa e todas apresentavam altos teores de sódio. “Essas papas não devem ser feitas junto com a comida do restante da família”, aconselha a nutricionista Pérola Ribeiro, autora do trabalho.

Aliás, a cozinha costuma ser palco de grandes deslizes quando o assunto é sal. A nutricionista Regina Fisberg, da Faculdade de Saúde Pública da USP, espantou-se ao observar em uma análise realizada no estado de São Paulo que muito do que é ingerido vem de preparações caseiras. “Pratos do cotidiano, como o arroz e o feijão, são a origem de boa parte dos excessos”, relata.

Antes de jogar punhados e punhados de sal na panela, leve em conta que os alimentos in natura já carregam uma pequena quantidade de sódio. “Também evite aquelas pitadas extras na comida já pronta”, assinala a nutricionista África Isabel de la Cruz Neumann, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, finalista do Prêmio SAÚDE! em 2006. Ela, que investiga a relação de padrões à mesa com a saúde, está sempre diante desse tipo de abuso.


Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0287/nutricao/conteudo_296418.shtml

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