sexta-feira, 27 de julho de 2012

(G1) Pesquisa detecta como a gordura dos alimentos pode mudar sabor

Uma pesquisa publicada na revista científica "Chemosensory Perception",no dia 19 de julho,aponta indícios de como o cérebro humano responde à quantidade de gordura existente nos alimentos, e como isso pode influenciar na percepção dos sabores.



Segundo o estudo, realizado pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido, em parceria com a empresa multinacional Unilever, entender as informações cerebrais vai auxiliar na criação de alimentos mais saudáveis e menos gordurosos, sem afetar o gosto deles.


Durante os testes, os pesquisadores perceberam que áreas do cérebro responsáveis pela percepção do sabor, áreas como os chamados córtices somatossensoriais e a ínsula (que traduz sons, cheiros ou sabores em emoções e sentimentos como nojo ou desejo) foram mais ativadas quando a amostra de alimento era menos gordurosa – apesar de a percepção de sabor ter sido praticamente a mesma em relação ao alimento mais gorduroso.



Sabor quase inalterado
Para obter esse resultado, a pesquisa, que durou três anos, analisou um grupo de participantes com idade média de 20 anos. Os cientistas testaram quatro tipos diferentes de emulsões de frutas. Todas as amostras eram da mesma espessura e doçura, mas uma delas era neutra em gordura e as demais apresentavam diferentes tipos de gordura, com pouca alteração de sabor.

Em comunicado, o professor de Nottingham Joanne Hort disse que esse é o primeiro estudo que avalia o efeito da gordura no processamento do sabor. Segundo ele, o trabalho levanta questões sobre como as emulsões de gordura suprimem a resposta do córtex cerebral às áreas ligadas à transformação do sabor e da recompensa.



No entanto, Hort diz que ainda falta determinar as implicações desse efeito supressor nos sentimentos de saciedade, fome e recompensa.


Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/07/pesquisa-detecta-como-gordura-dos-alimentos-influencia-o-cerebro.html

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Primeira Vacina Contra a Dengue Imuniza Contra Três Cepas Virais

                                                                                       Foto: Divulgação

A primeira vacina do mundo contra a dengue, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi SA, demonstrou a capacidade de proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença, de acordo com resultados de um aguardado teste clínico na Tailândia.


A Sanofi disse nesta quarta-feira que a prova de eficiência é um marco importante nestas sete décadas de luta para desenvolver uma vacina viável contra a dengue, e que os resultados também confirmam que a fórmula é segura.


Outros laboratórios estão trabalhando em vacinas contra a doença, mas o produto da Sanofi está anos à frente.


A dengue, transmitida por mosquito, ameaça quase 3 bilhões de pessoas no mundo, sendo milhões delas no Brasil. A contaminação por uma cepa viral não garante imunidade contra as outras três.


A vacina da Sanofi gerou uma resposta imunológica às quatro cepas, mas só houve comprovação da sua eficácia contra três delas. A Sanofi disse estar realizando análises para entender a resistência do quarto tipo, e que a Fase 3 do teste clínico poderá indicar se isso tem relação com alguma situação específica da Tailândia.


O estudo da Fase 2B, envolvendo 4.002 crianças tailandesas de 4 a 11 anos, foi realizado durante um surto de dengue, o que pode explicar o resultado inesperado.


O analista Mark Clark, do Deutsche Bank, disse que a falta de proteção contra o quarto tipo do vírus significa que o lançamento comercial da vacina é mais provável em 2015 do que em 2014, pois a Sanofi aguardará a Fase 3 antes de protocolar o pedido de registro em alguns países.


"Mais positivamente, como a proteção contra pelo menos três dos quatro tipos virais foi demonstrada, os dados amparam a possibilidade de lançamento dessa enorme necessidade clínica não-atendida", disse Clark em nota de pesquisa.



A Sanofi Pasteur, unidade de vacinas do laboratório, já investiu 350 milhões de euros (423 milhões de dólares) em uma nova fábrica na França para produzir a vacina, que é administrada em três doses. A empresa prevê um faturamento anual de 1 bilhão de euros com o produto.


Os dados completos do estudo ainda estão sendo revistos por especialistas e autoridades de saúde, e devem ser divulgados ainda neste ano. A Fase 3 do estudo, com 31 mil participantes, está sendo realizada em dez países da Ásia e América Latina.


Nos últimos 50 anos, o número de casos da dengue no mundo se multiplicou por 30. A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos por ano, mas muitos especialistas avaliam que essa cifra, da década de 1990, está subestimada.


A doença mata cerca de 20 mil pessoas por ano, especialmente crianças.



Fonte: http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE86O01E20120725?pageNumber=2&virtualBrandChannel=0

terça-feira, 24 de julho de 2012

'Sal Verde' é Dica de Nutricionista Para Alimentação Mais Saudável.

Ingrediente frequente na dieta de qualquer pessoa, o sal em excesso pode causar problemas renais, hipertensão e doenças cardiovasculares. Como sugestão para mudar o hábito alimentar de quem costuma usar muito sal nos alimentos, como na hora de temperar a carne do churrasco, a nutricionista Larissa de Ramos Silva ensina a preparar o 'sal verde', uma mistura de ervas e sal marinho ou grosso.


"No momento em que a pessoa usa as ervas já consegue reduzir o sal e, ao mesmo tempo, consegue um sabor diferente. Agrega sabor e vai gerar uma qualidade alimentar melhor", diz a nutricionista. A mistura, segundo ela, também pode ser usada para temperar saladas e outras refeições, além de carne. A opção também serve para aumentar o número de nutrientes no cardápio.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que a pessoa consuma 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá. Mas o brasileiro tem ultrapassado esse limite e consumido 12 gramas por dia. Essa medida representa o sal usado em todas as refeições e também que vem em produtos industrializados, já que o sódio está presente até mesmo naqueles alimentos que não são salgados, como refrigerantes e biscoitos.


Se a recomendação da OMS for cumprida, a pressão arterial pode ser reduzida em 10%, as mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 15% e as por infarto em até 10%. Além disso, 1,5 milhão de brasileiros não precisariam de medicação para hipertensão.


Confira a receita de sal verde:

2 colheres de sopa de salsinha seca;
2 colheres de sopa de orégano seco;
2 colheres de sopa de manjericão;
2 colheres de sopa de alecrim seco;
2 colheres de sopa de gergelim tostado;
1 colher de chá de sal marinho ou sal grosso.
Bata tudo no liquidificador.



Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/07/sal-verde-e-dica-de-nutricionista-para-alimentacao-mais-saudavel.html

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Hipertensão: Exercício Ajuda a Reduzir Medicação



Prática regular de atividade física gera efeito protetor constante para quem tem pressão alta
Os benefícios do exercício já são amplamente conhecidos na prevenção de doenças cardiovasculares. Agora, a recomendação dos médicos é malhar para tratar a hipertensão.


“Na dose certa, as atividades físicas podem até reduzir o uso de medicamentos para controlar a hipertensão arterial”, afirmou o cardiologista Sandro Toledo Carvalho no 22º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e Esporte.



Mas, se você tem hipertensão e pensa em sair correndo na rua ou em levantar pesos na academia sem qualquer orientação, saiba que isso pode colocar sua saúde em risco. Hipertensos devem ser avaliados individualmente por um médico especializado antes de iniciarem qualquer atividade física.


“A pressão arterial aumenta durante os exercícios”, alerta Carvalho. “É preciso auxílio de um especialista para prescrever a medida certa de treinamento”.


Efeito imediato


Os exercícios aeróbicos, aqueles que exigem mais fôlego para serem realizados, são os mais indicados ao paciente hipertenso. O ideal é fazer cerca de 30 minutos, pelo menos quatro vezes por semana. A intensidade da atividade é que vai variar de acordo com o quadro de cada um.



Ao fazer o exercício, o corpo sofre uma dilatação nos vasos sanguíneos dos músculos. “Um efeito que permanece por aproximadamente 24 horas”, conta o cardiologista.



Com a dilatação dos vasos sanguíneos a pressão sanguínea passa a ser menor e isso ajuda a controlar o quadro geral de hipertensão. Assim, a pessoa fica protegida das possíveis complicações da pressão alta, como infartos e Acidente Vascular Cerebral (AVC).


Efeito prolongado


Se o ritmo de treinamento for mantido por duas ou três semanas, a pessoa passará a ter uma proteção prolongada contra pressão alta.


O benefício é causado pela modulação do sistema nervoso simpático, aquele que controla os batimentos cardíacos. O condicionamento físico faz com que os batimentos cardíacos reduzam e, consequentemente, a pressão arterial diminua. O efeito vasodilatador também é prolongado.


Além dos efeitos imediato e prolongado, o exercício traz ainda outros benefícios ao paciente hipertenso. Há redução de peso, redução dos níveis de colesterol ruim e os mecanismos de reposição de cálcio são beneficiados.


O último fator é um aliado à prevenção de osteopenia e de osteoporose, uma condição muito comum em mulheres, especialmente após a menopausa. O exercício aeróbico tem um efeito metabólico, que dura 48 horas.



“Ele favorece o tratamento de pacientes com colesterol alto e diabetes”, afirma o cardiologista e presidente do congresso, José Kawazoe Lazzoli.


Subir escadas


Se é difícil conciliar a prática de atividades físicas com a rotina corrida das cidades, existem dicas que podem ajudar a reduzir o sedentarismo.


Para ter uma redução significativa da mortalidade por fatores cardiovasculares, Lazzoli explica que é preciso queimar 2 mil kcal por semana em atividades físicas. “Isso equivale a 32 km percorridos por semana”, diz ele.



Tais atividades podem ser incorporadas de forma simples. “Vá andando até a padaria no início do dia ou volte a pé do trabalho no final da tarde”, sugere.


O sedentarismo está relacionado a doenças que matam 400 mil pessoas por ano nos Estados Unidos, segundo o cardiologista. “No Brasil, um estudo mostrou que 80% dos cânceres são evitáveis, sendo que 25% deles poderiam ser prevenidos com exercícios regulares”, argumenta.



Fonte: http://saude.ig.com.br/saudedamulher/hipertensao+exercicio+ajuda+a+reduzir+medicacao/n1237741599121.html