quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Quando As Mortes Podem Ser Evitadas


No dia 2 de abril um ônibus cai do viaduto que liga a Ilha do Governador à Avenida Brasil e nove pessoas morrem. Agora, um ônibus cai do viaduto Tobogã, em Itaguaí. No acidente 34 pessoas são feridas, algumas com gravi
dade, e outras seis morrem no local, inclusive o motorista. Nos dois casos, a mureta de proteção não é a recomendada pelo DNIT e por engenheiros de transporte da COPPE/UFRJ. As muretas “New Jersey”, de concreto, têm cerca de 80 cm de altura e uma curvatura em sua estrutura. Esse tipo de barreira tem a função de redirecionar o veículo que colide com ela de volta para a pista, diminuindo a aceleração.

Ainda em abril, o Deputado Bruno Correia, do PDT, apresentou o Projeto de Lei nº. 2090/2013 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, cobrando do Poder Executivo a substituição das atuais muretas, em todo o estado, através da FUNDERJ (Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro). O projeto tramita em regime de urgência no parlamento estadual.

Os acidentes vão continuar acontecendo. Motoristas que desrespeitam as leis de trânsito, motoristas cansados cumprindo a dupla função de dirigir e cobrar os passageiros, motoristas mal qualificados, veículos sem manutenção e superlotados, enfim, tanta impunidade e desrespeito aos usuários são prenúncio de outros acidentes. Entretanto, muitas mortes serão evitadas quando os governantes fizerem a sua parte substituindo as muretas de contenção, antes mesmo da aprovação da nova lei. É uma questão de civilidade e valorização da vida e da segurança da população.

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